95-02
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Plano Real e
governo FHC

1995

Governo de reformas

"Eu os convoco a mudar o Brasil." Essa frase, que finaliza o discurso de posse de Fernando Henrique na presidência, mostra o espírito de mudança que é a tônica da gestão. Reformas em diferentes áreas são implementadas, como no sistema financeiro, assim como medidas de modernização, como a quebra do monopólio do Estado em setores de infraestrutura e a privatização de algumas empresas estatais. Com a inflação sob controle, Fernando Henrique volta-se para o ajuste fiscal, que visa tornar sustentáveis as contas públicas. Pôr "ordem na casa" traduz-se nas duras batalhas da Reforma da Previdência Social e da Administração Pública para evitar a explosão do déficit com aposentadorias e do gasto com pessoal.
Para sanear o sistema financeiro, público e privado, o governo federal promove o PROER e o PROES, programas de recuperação de instituições financeiras privadas e públicas, além da renegociação e o financiamento das dívidas de estados e municípios. Esse processo culmina com a aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal com regras para evitar a repetição do desequilíbrio das contas públicas. O fim do monopólio do Estado em setores de infraestrutura e a privatização de algumas empresas estatais são passos importantes para a modernização do Brasil.

Nos bastidores

Plano Real – Manutenção e consolidação

Nos bastidores

Reforma bancária

Nos bastidores

Privatizações

1998

Reeleição na tormenta

A virada do século 21 é de grandes turbulências na economia mundial e o Brasil sofre de forma acentuada as sucessivas crises. A desconfiança gerada pela falta de reformas necessárias para garantir a estabilização da economia gera o fantasma do “risco Brasil”, que causa volatilidade no mercado – fuga dos investidores – e consequente pressão dos nossos credores externos. Mesmo em meio à tormenta, Fernando Henrique é reeleito em primeiro turno em 1998.

1999

Câmbio flutuante

A política cambial de controle do ritmo das desvalorizações cambiais coloca duas questões. De um lado, exige juros altos para atrair capitais estrangeiros, o que aumenta a dívida pública. Por outro lado, estimula as importações mais do que as exportações. Em 1999, Fernando Henrique decide, então, pela flutuação da moeda (com pouca intervenção na manutenção de seu valor), uma decisão difícil que se mostra acertada na sequência. Graças a um duro programa de ajuste fiscal, o real estabiliza-se com queda moderada em relação ao dólar. A confiança no mercado brasileiro se restabelece.

Foto PB de uma página de jornal, com textos, gráficos tabelas, o desenho de um mapa mundi e a foto de dois homens.
Página de O Estado de S. Paulo, em 19 de janeiro de 1999.Arquivo/Estadão Conteúdo

Nos bastidores

Crise cambial

2002

Legado de estabilidade

Durante o governo FHC, a luta contra a inflação exige a manutenção de juros altos, o que dificulta o crescimento econômico. Mas, além da mudança do antiquado estilo gerencial da administração pública, fica o mérito de livrar todo um país da inflação de que, por tanto tempo, fora refém. Responsabilidade fiscal e inflação sob controle dão ao país condições de crescer e de gerir políticas sociais de redistribuição de renda. O país ganha credibilidade no mercado internacional e atrai investimentos de longo prazo. Ao tomar posse na presidência, em 2003, Luiz Inácio Lula da Silva encontra um sistema financeiro saudável e livre de ameaças de moratória em qualquer nível de governo. Mesmo com um passado ditatorial ainda tão recente, o maior avanço em termos políticos herdado por Lula é o enraizamento da cultura democrática no país.

Nos bastidores

Renegociação das dívidas de estados e municípios e Lei de Responsabilidade Fiscal

Nos bastidores

A arte da política

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